sábado, 6 de maio de 2017

Retrato Psicológico

Nas minhas últimas publicações, dei a entender o trabalho proposto para este terceiro período.
Descrevi o que iria representar na minha tela e ainda a inspiração para tal.
No final do segundo período, apliquei duas a três camadas de tinta azul no fundo da tela.
A seguir às férias da Páscoa, e com o auxílio de um projetor e de papel de acetato, projetei, na tela, o trabalho fotográfico que tinha realizado para, posteriormente, por mãos à obra!
Concluído o contorno das figuras, podia avançar para a fase de pintura.
Assim, primeiramente, fiz o contorno a tinta preta das duas figuras masculinas que, já mencionado, faziam alusão à homossexualidade masculina. Seguidamente, apliquei tinta branca para preencher o fundo. Refiro, ainda, que, tanto com a tinta preta como com a tinta branca, apliquei duas a três camadas.
Posto isto, avancei para a pintura do fundo da imagem da bandeira. Mais uma vez, dei duas a três camadas de tinta.
Abaixo, encontram-se algumas imagens do trabalho já realizado na tela.







Rodrogas

Retrato Psicológico

Aqui encontra-se uma imagem do resultado final da composição que obtive para a realização do projeto pedido para este terceiro período!






















Rodrogas

sábado, 1 de abril de 2017

Retrato Psicológico

Após a conclusão da recriação de uma obra já referida anteriormente neste blog, foi-nos pedido a criação e execução de uma tela de dimensões mínimas de 80X100, onde fosse percetível o nosso «eu» psicológico e a nossa identidade enquanto pessoas.
Com efeito, antes de mais, a docente da disciplina pediu-nos para fazer uma lista dos nossos interesses, da nossa personalidade, dos objetos e sensações que recordassem o passado, dos nossos gostos, das nossas ambições e preferências, etc. Enfim, tudo que, ao ser observado, transmitisse e remetesse para a identidade de cada um dos alunos envolvidos nesta atividade. 
Deste modo, e após uma reflexão detalhada sobre a minha personalidade, referi todos os meus gostos, as minhas ambições, os meus interesses e até a minha orientação sexual (homossexualidade).
Posto isso, a fotografia aliou-se com o trabalho, visto que uma das fases iniciais do projeto era a elaboração de um estudo composto por fotos tiradas por cada um que, após observação, retratassem o que tinha sido escrito na referida lista e, posteriormente, editá-las no photoshop.
Devo confessar que senti alguma dificuldade neste processo, na medida em que era complicado encontrar casais do mesmo sexo e tirar uma fotografia a eles. Então, optei por tirar fotos a desenhos ou editar imagens no photoshop que representassem essas ideias.
Assim, com o processo de fotografia e edição completo, vários estudos foram realizados. Contudo, após a sua finalização, obtive composições demasiados complexas, confusas e complicadas a nível formal e técnico.
Com a ajuda da professora, o resultado final do estudo é simples, mas completo. É percetível a identificação do meu interior e, ao mesmo tempo, só são necessárias três imagens: a que se encontra primeiro pode-se verificar parte do meu «eu» exterior e um dos meus traços de personalidade (sou uma pessoa muito nervosa e stressada constantemente); a do meio é constituída pela bandeira LGBT e a última o contorno de um casal constituído por dois homens, ambas fazem alusão à homossexualidade masculina.
Abaixo encontram-se as imagens constituintes desse estudo final!






quarta-feira, 1 de março de 2017

Técnica e simbologia da tela

Nas publicações anteriores, tenho vindo a publicar fotos da realização do trabalho, bem como obras emblemáticas do Expressionismo que serviram de inspiração para esta recriação.
Assim, a técnica consiste no emprego de tinta acrílica sobre tela, 3 a 4 camadas de tinta. Posto isto, faço os valores claros e escuros com mistura de tinta (no caso de ser verde, por exemplo, junto amarelos e tons mais escuros de verde). As pinceladas aplicadas por cima do tom base são rápidas e curtas para a respetiva acentuação dos efeitos cromáticos.
No que diz respeito à simbologia, já referi noutras publicações que ia por em evidência o motivo da morte de Marat, as suas publicações escritas. Neste sentido, representei a faca com que este foi morto a rasgar uma folha de papel já escrita, de modo a acentuar a dor e a injustiça que foi a sua morte.
Também representei a data do assassinato (13 de julho de 1793), o seu poder (escrita), a sua ocupação (um dos chefes políticos da Revolução Francesa) e uma frase escrita por ele mesmo: «De que adianta a liberdade política para quem não tem o que comer?»
Aqui fica mais uma imagem do trabalho final para ajudar na compreensão das afirmações que acima se encontram:




Rodrogas

Inspiração para realização do trabalho

Aqui envio uma imagem duma das obras do artista Ernst Ludwig Kirchner que serviu de inspiração para a técnica e cores utilizadas na obra de recriação.


























Rodrogas

Trabalho expressionista (fotos)

Aqui exponho as várias etapas da realização do trabalho em fotografia:



1ª fase: pintar com 4 camadas de tinta acrílica o fundo da tela (ocre).


2ª fase: desenhar na tela com grafite os elementos que pertencem à recriação da obra.


3ª fase: pintar os elementos que abaixo se encontram:





















4ª fase: dar cor a outros elementos (a parte verde):





















5ª fase: tratamento do fundo:





















6ª fase: após uma deliberada troca de ideias com a docente da disciplina em que realizei o projeto mencionado, optei por retirar da recriação a figura de Marat. Assim, resolvi representar e por em evidência os elementos simbólicos deste homem:




















7ª fase: frases que estão ligadas à vida de Marat:




















8ª fase: finalização do projeto e retoques finais:




















Mais à frente, irei explicar a simbologia e a técnica utilizada!


Rodrogas

                                                       

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Alteração do trabalho expressionista

Nas minha últimas e recentes publicações, expliquei o conceito por detrás da pintura que iria executar, bem como a sua concepção.
Contudo, após uma troca animadora de ideias com a docente da disciplina em que tenho vindo a desenvolver este projeto, vou optar por não representar Marat, figura humana representada na obra escolhida, e, no lugar onde este se encontrava, vou pintar algumas palavras emblemáticas da vida dele e, principalmente, as que mais identificam-no. Estas palavras estarão em torno do fundo roxo que pintei, com os objetos mais importantes do quadro a flutuar neste mesmo espaço.
Quando o trabalho estiver mais encaminhado, postarei mais algumas fotos do processo de execução deste trabalho.
Até breve!





Rodrogas

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Trabalho expressionista

Aqui mando mais umas fotografias do processo de execução do trabalho.
A parte superior escura vai ser retocada, bem como o resto da tela.
Peço desculpa pela qualidade das imagens mas não consegui melhor que estas fotos.
Boa noite!






Rodrogas

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Black Mountain College


O Black Mountain College foi um estabelecimento de ensino superior focado especialmente na instrução das artes, tendo sido influído também pelas sugestões educativas de John Dewey (filósofo e pedagogo norte-americano). Foi construída em 1933 numa localidade próxima a Ashville, no estado da Carolina do Norte. A escola foi fechada em 1957, mas durante o seu período de actividade formou uma série de intelectuais e artistas de enorme influência para a cultura dos EUA ao longo do século XX.
Entre os alunos que passaram pela escola, pode-se destacar:
·         Robert Rauschenberg (pintor expressionista abstrato e da pop art)
·         Arthur Penn (diretor e produtor de cinema e televisão norte-americano)
·         Robert De Niro, Sr. (pintor expressionista abstrato)




Black Mountain College
Resultado de imagem
Retroactive I, Robert Rauschenberg, 1963
Robert Rauschenberg 
Arthur Penn
Resultado de imagem para Robert De Niro, Sr.
Robert De Niro Sr
Resultado de imagem para robert de niro, sr. landscape with  houses
Landscape with houses, Robert De Niro Sr















scalex








domingo, 19 de fevereiro de 2017

Hieronymus Bosch

Hieronymus Bosch, pseudónimo de Jeroen Van Aeken, foi um pintor e gravador dos séculos XV e XVI, originário da Holanda. Pouco se pode saber sobre este artista, visto que não deixou diários ou mesmo cartas sobre a sua vida e ocupação. A única fonte a que se pode recorrer é às breves referências sobre ele nos registos municipais. Supõe-se, ainda, que terá sido o pai ou um dos seus tios que ensinou-lhe a pintar. Teve 5 filhos e sabe-se que 4 deles foram também pintores.
Em 1488, juntou-se a uma respeitada irmandade, a Irmandade de Nossa Senhora, constituída por cerca de 40 cidadãos influentes da cidade de Hertogenbosch e 7000 membros externos de toda a Europa.
Quanto ao nível artístico, Bosch produziu vários trípticos. Um dos mais famosos é o Jardim das Delícias Terrenas, que descreve a história do Mundo a partir da criação, Adão e Eva e outros animais maravilhosos, no painel esquerdo, as delícias e os prazeres no painel do meio, com figuras nuas, e o Inferno no painel situado mais à direita.Quando os painéis exteriores estão fechados, pode-se verificar uma pintura com a representação da criação da Terra por Deus. Denota-se que as suas obras possuem um caráter profundamente religioso, visto que esta obra emblemática tem como base algumas citações bíblicas.
Aqui encontramos uma imagem desta obra:


Durante alguns séculos, acreditou-se que Bosch inspirava-se nas heresias medievais e nas obscuras práticas herméticas. No século XX, os estudiosos aceitaram o facto de a sua arte refletir os sistemas de crenças religiosas da sua época. Contudo, é aceite que a arte de Bosch foi criada para ensinar verdades morais e espirituais específicas.
Bosch nunca datou as suas obras e só assinou algumas, pelo que não se sabe ao certo quantas obras o pintor executou.
Em baixo, pode-se encontrar mais algumas obras e o respetivo nome de cada uma delas.


-O carro de Feno


-O Juízo Final



-As Tentações de Santo Antão



-Os Sete Pecados Mortais



-Navio dos Loucos ou A Nau dos Insensatos



-Morte e o Avarento






Rodrogas

Expressionismo

Para entender melhor a forma como iria efetuar o trabalho que me foi proposto, resolvi elaborar uma pesquisa desta vanguarda tão emblemática do século XX.
Deste modo, e com a leitura e compreensão de alguns sites da internet, bem como um livro de história, intitulado História da Cultura e das Artes 11, pude verificar não só as temáticas, como as técnicas, as influências e os principais artistas.
Assim,o expressionismo desenvolveu-se na Alemanha desde 1900-1950, aproximadamente, com a utilização expressiva da cor, com uma pintura intensa e, por vezes, dramática, decorrendo do mundo das sensações e das emoções.
A nível da técnica, os artistas obtiam uma pintura cheia de energia e vitalidade através de cores intensas, formas violentas e pinceladas bruscas.
As figuras representadas nas suas obras apresentavam, geralmente, formas grotescas e deformadas, denotando o sentido de crítica social e de angústia da condição humana, solitária e desamparada, visto que a Europa estava transformada num mundo onde a tecnologia começava a impor-se cada vez mais, com os excessos de industrialização e com o crescimento das áreas urbanas, que conduziam a um mal-estar social e a uma crise de valores que afetavam, por sua vez, a vida e criação artística.
Esta corrente artística pode ser dividida em duas frentes: Die Brucke («A Ponte») e Der Blaue Reiter («O Cavaleiro Azul»). O primeiro denota uma visão negra e pessimista, com formas e figuras bizarras e grotescas. Teve como principais artistas Ernst Kirchner, Erich Heckel e Karl Schmidt- Rottluff, entre outros. O segundo apresenta uma via mais lírica e sensitiva, explorando a dimensão poética do homem, com ligações e referências abstracionistas. Destacam-se artistas como Wassily Kandinsky, Franz Marc, Auguste Macke, Alexej Jawlensky e Paul Klee.
Salienta-se, ainda, que o programa expressionista estende-se não só à pintura, como à escultura, à arquitetura, literatura, teatro, música e ao recém-chegado cinema.
Em baixo, encontram-se algumas obras de alguns artistas acima referidos e uma das obras emblemáticas de Edvard Much, O Grito.














Rodrogas

Trabalho expressionista

Na minha última publicação, referi que tinha sido pedido a realização de uma pintura expressionista com base na obra de um quadro, «A morte de Marat». Posto isto, e após uma pesquisa elaborada sobre a temática desta obra, a minha ideia consiste na representação do homem a quebrar o seu poder, a escrita, visto que, se o expressionismo desenvolveu-se a partir de uma visão negativa e pessimista do mundo povoado por figuras grotescas e bizarras, Marat estará a acabar com a sua fonte de poder. Assim, tentarei acentuar a ideia de negatividade e pessimismo tão característicos deste movimento. Para além disso, na pesquisa realizada anteriormente, pude-se verificar que Marat era um chefe político da Revolução Francesa, logo o seu poder era a arte de escrever e o espírito revolucionário, acabando, deste modo, com eles mesmos.
Mais a frente, farei outra publicação sobre as características deste movimento vanguardista do século XX.
Aqui deixo umas fotografias do trabalho ainda em fase de execução.
Contudo, por motivos técnicos, a imagem ficou com um ângulo de 90º à direita.
Até à próxima publicação!



















Rodrogas

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Trabalho expressionista com base na pintura «A morte de Marat»

Foi-nos pedido a execução de um projeto com a transformação de uma obra para uma das vanguardas do século XX. Deste modo, com uma seleção à escolha de 5 ou 6 obras e com as características do expressionismo, o meu trabalho consiste na execução da obra «A morte de Marat» seguindo o modelo deste vanguarda.
Contudo, devido à pesquisa efetuada e ao tamanho desta mesma, vou optar por publicar as características expressionistas numa outra publicação e dar a conhecer um pouco da obra escolhida nesta mesma.
Posto a escolha do tema, a docente da disciplina sugeriu uma pesquisa elaborada sobre cada obra para facilitar e optar por uma ideia mais fidedigna e representativa do tema e das razões que levaram para a execução da obra em proposta.
Jacques-Louis David, pintor que, após uma prolongada estadia em Roma, estabeleceu fortes ligações com os líderes políticos da Revolução Francesa, permitindo-lhe assumir um papel de relevo na produção artística de França.
Com efeito, «A morte de Marat», 1793, óleo sobre tela, tem como base a representação de um dos momentos emblemáticos desta mesma revolução, o assassinato de um dos seus chefes políticos, pondo em evidência as divergências e os conflitos internos em torno deste processo.
Jean-Paul Marat, amigo pessoal de David, tinha uma doença na pele, especificamente dolorosa, que o obrigava a permanecer dentro de uma banheira enquanto trabalhava, maioritariamente durante o dia. Charlotte Corday, com o pretexto de lhe entregar uma carta, assassina-o com uma faca espetada no peito.
Neste contexto, para David, esta obra é concebida como um monumento para um homem, que foi ao mesmo tempo um herói, mártir e amigo. Com uma forte emotividade, esta obra deve também ser entendida como documento e testemunho da ação. Todos os objetos representados na tela têm uma função concreta, não optando por executar detalhes sem utilidade.
Assim, todos os objetos ( banheira, faca, carta, sangue, pena ) ajudam na compreensão e identificação da ação. Com a acentuação de contraste entre um fundo escuro liso e o tratamento expressivo da luz e da cor, nota-se a inspiração da temática religiosa de artistas barrocos como Caravaggio, Pietro da Cortona, Ribera e Zurbarán, pelos quais o artista desta obra tinha uma grande admiração.
É igualmente importante referir a utilização de cores frias e, pontualmente, escuras, que permitem realçar alguns pormenores da figura humana com manchas subtis de vermelho, que realçam, por sua vez, a caixa de madeira onde David retratou a sua dedicatória.
Esta obra encontra-se atualmente exposta no Musée Royal des Beaux-Arts, em Bruxelas.
Abaixo encontra-se uma imagem desta pintura.







                                                                                                                                   

                                                                                                                                  Rodrogas